Cultura Vila Real

Vila Real pretende inscrever tradições no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial

Desde que Vila Real começou a desenhar o Plano Estratégico Municipal de Cultura – Vila Real 2030, foi intenção do Executivo Municipal reestruturar a abordagem estratégica da cultura, posicionando-a como fundamental para um ecossistema cultural sustentável.

Nesta linha de pensamento, surgiu a ideia de “declarar a Cultura como um Bem essencial”, assumindo-se o Município de Vila Real como pioneiro neste desígnio, assim afirmou o autarca Rui Santos.

Desta forma, afigurou-se como fundamental apostar no reconhecimento do Património Cultural, material e imaterial, valorizando-se a memória e herança culturais do nosso concelho, pelo que a melhor forma de o fazer é proceder à sua inscrição no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial (INPCI).

“O que nos desafiou a assumir este compromisso foi a certeza de termos um património riquíssimo, seja ele histórico, natural ou humano, e que é único. E fazer a inscrição no INPCI é um revisitar do nosso passado, da nossa identidade, privilegiando-se o respeito pelo território e pelas pessoas, colocando-se o enfoque na relação da cultura com a comunidade e com a democracia.”, assim referiu a Vereadora da Cultura, Mara Minhava.

 A existência do INPCI veio chamar a atenção para a necessidade de se salvaguardar as tradições, sublinhando a importância de preservar a diversidade cultural de forma participativa e inclusiva. E é precisamente este o caminho que a autarquia pretende seguir. Assim, e no âmbito do “Levantamento Nacional do PCI 2022", manifestámos intenção de inscrever o Andor da Senhora da Pena, a Procissão do Bom Jesus do Calvário, as Tradições de Santa Luzia e São Brás, e as Tunas Rurais do Marão e Alvão (esta última em articulação com os Municípios de Santa Marta de Penaguião e Amarante, e o Arquivo de Memórias).

A Procissão do Bom Jesus do Calvário é uma manifestação do calendário religioso vila-realense, que constitui o ponto alto de uma das festas com maior devoção, envolvimento e participação popular do concelho.

Já o Andor da Senhora da Pena constitui a manifestação mais expressiva da procissão e da festa homónimas, que se realizam desde o século XVIII na freguesia de Mouçós, atraindo dezenas de milhar de romeiros.

As Tradições de Santa Luzia e São Brás são únicas no país, constituindo-se como um culto profano-religioso muito singular que merece, de igual modo, classificar.

Falamos de organizações peculiares, não só do ponto de vista cultural ou religioso, mas também do ponto de vista sociológico e antropológico, envolvendo um esforço comunitário, revelador de um extraordinário sentimento de pertença à comunidade.

No que concerne às Tunas Rurais do Marão e do Alvão, com origem nos finais do séc. XIX nas aldeias de Portugal, convém referir que a sua sobrevivência está em perigo, fruto da constante desertificação dos territórios e da diminuição de interesse na participação neste tipo de agrupamentos socioculturais. E é também por este motivo que se torna imperioso não deixar morrer este património, tão presente na memória coletiva de todos nós.

“O património humano é o que nos distingue como Vila-realenses, como transmontanos, como durienses. E é este mesmo património humano que também nos distingue na Europa e no Mundo, porque é o que nos torna únicos e nos enriquece perante o “Outro”, sublinhou Rui Santos, lembrando, ainda, que estas ações implicam um compromisso – o de pensarmos e agirmos de forma conjunta e participada.

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