Opinião

Um novo ciclo para o Douro

  Por António Fontainhas Fernandes, reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) No início de um novo ciclo de aplicação de fundos comunitários, a região e o país devem mobilizar os cidadãos para um novo modelo de crescimento, rompendo com a sucessão de ciclos recessivos do passado. É consensual que Portugal tem recursos humanos qualificados, com competências empreendedoras que dominam as tecnologias de informação e as línguas de negócio internacional. Na última década, o sistema científico nacional quase triplicou a publicação em revistas internacionais, registando-se um aumento significativo da despesa em atividades de I&D que nos colocou, no último ano, no topo do ranking dos países com maior dotação orçamental pública. Em contraste, estes resultados não têm tido reflexo nos indicadores económicos, nomeadamente de emprego e exportações nos setores tecnológicos intensivos. É crucial potenciar a qualidade dos recursos humanos, fomentando uma cultura empreendedora, a valorização do conhecimento e potenciar as infraestruturas de incubação, focalizando-as na criação de valor, num quadro de internacionalização. As regiões devem aproveitar as vantagens comparativas dos recursos endógenos como instrumento de coesão territorial. Para tal, os atores políticos e as instituições devem identificar as vantagens comparativas naturais humanas, geográficas e culturais, no sentido de gerar dinâmicas coletivas com impacto no território. Um novo ciclo para as regiões de baixa densidade significa uma aposta, clara e inequívoca, nas instituições de ensino superior e a aposta nos setores de conhecimento onde Portugal se pode diferenciar a nível internacional, apoiando o crescimento e uma maior incorporação na cadeia de valor. Caso a estratégia Portugal 2020 não considere a utilização de fundos estruturais em estratégias de apoio às instituições do “arco do interior” como uma prioridade, na organização de um programa estruturado de desenvolvimento, de inovação e de empreendedorismo com impacto potencial em áreas estratégicas do território, a coesão do país está em causa.

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