Fontaínhas Fernandes

O que esperar do novo ciclo político

Os resultados das eleições mostram que as opiniões dos eleitores estão profundamente divididas, exigindo do próximo Governo capacidade de negociação entre os partidos políticos com assento parlamentar. Temos a noção que nos próximos tempos a política portuguesa vai ganhar novas dinâmicas, recentrando o palco do debate na Assembleia da República.

Não obstante a conhecida complexidade, incerteza e mesmo alguma instabilidade, a constituição do Governo é sempre um momento que marca o início de um novo ciclo na vida política das democracias.

São conhecidas as principais preocupações da política nacional, contudo, não podemos deixar de interpretar os resultados eleitorais. Entre os fatores que levaram ao voto de protesto, destaca-se o baixo poder de compra e a desertificação. Alguns territórios têm sido votados ao esquecimento, nomeadamente as regiões ditas de convergência como o Douro. O futuro destes territórios depende da utilização dos fundos estruturais e, no caso presente, a renovação deve potenciar as oportunidades que se abrem neste novo período de programação de fundos estruturais.

Projetos estruturantes como a Linha do Douro, um corredor ferroviário que une quatro patrimónios mundiais desde o Porto até Salamanca, com enorme interesse para a região, deve ser enquadrado na política de transportes da União Europeia e na dita descarbonização. Mas, o futuro do Douro também não pode ser desligado da globalização e da digitalização da sociedade e da economia, com novos padrões de produção e de consumo. Apostar no conhecimento e tecnologia é crucial para responder a estes desafios, tal como na mitigação das alterações climáticas que afetam territórios como o Douro.

Indubitavelmente, do novo ciclo esperam-se políticas e atores capazes de promover entendimentos alargados, mas também políticas de coesão alargadas quer ao nível central, quer dos territórios. Exige mentes abertas, visão e estratégia bem definidas, que insiram o local no global.

Hoje, mais do que nunca, é essencial trilhar novos caminhos para a presença do Douro no mundo, mudança que o conhecimento e as Universidades muito podem contribuir.

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