Editorial

março 2024

Estimados Leitores,

É virtualmente impossível que este editorial não seja sobre o forte prejuízo eleitoral que a AD (Aliança Democrática), constituída pelo PSD, CDS-PP e PPM, teve por causa do fenómeno da ADN - Alternativa Democrática Nacional cujo nome levou a uma profunda confusão aos eleitores, especialmente às pessoas de mais idade e com mais dificuldades de perceberem e lerem atentamente o boletim de voto antes de votarem.

Podia-se começar por contar diversos casos (algumas centenas) em que as pessoas ainda dentro do local de voto se apercebem do erro que cometeram; erro que não tem solução após o voto entrar na urna de votos. Reclamaram, contestaram, alguns até bem aborrecidos, mas face à Lei e até ao bom senso, após o voto dar entrada na urna este está concretizado e não pode ser repetido. Ainda ouvi um senhor a dizer que como era o último era só abrir a Urna e anular o de cima…. Como se se pudesse deslacrar uma urna.

Há que dizer que tendo havido uma marca eleitoral registada chamada AD – Aliança Democrática nunca a Comissão Nacional de Eleições deveria ter aceitado que pudessem existir partidos ou coligações em que pudesse haver confusão de nomes. E nuca deveria ter aceitado simbologias semelhantes.

Por outro lado, há que dizer que isto é uma falha grave da comunicação e do marketing, da própria candidatura da AD, que conhece o problema potencial há várias semanas, ter deixado que a única ação, realizada para contrariar a confusão, ter sido uma ou duas frases, proferidas no meio de uma intervenção num comício pelo próprio Luís Montenegro.

Está em todos os manuais políticos que é preciso explicar muito bem aos eleitores como se vota, especialmente em ambientes onde os eleitores estão mais afastados da informação ou das novas formas de comunicação.

A distribuição atempada de um simples folheto, pelo menos nos territórios de baixa densidade, que canalizasse as pessoas para votar na AD em vez de votarem no ADN, ou seja votar onde queriam votar daria, pelo menos, mais um deputado em Viseu – entrado o 4º da Lista da AD, Carlos Silva e outro em Lisboa, Regina Bastos, entrando neste caso menos dois do PS e em Coimbra onde seria deputada, com entrada direta, Ana Oliveira desta feita com menos um deputado para o Chega.

A diferenças marginal em número de votos, antes de contados os votos dos ciclos da Europa e de fora da Europa de 1.811.027 votos na AD contra 1.759.998 votos do PS; na verdade deveria ter mais 100,051 votos da ADN ou, pelo menos e se este partido conseguisse manter a votação de 2022 de 10.001 votos, de mais 90,050 votos, ou seja, um total de votos de 1.901.077 votos.

Isto poderia ter custado as eleições à AD. A lição é que em política o marketing e a comunicação que estão nos manuais tem que ser respeitados.

Governos que, na década passada, ignoraram o marketing e a comunicação politica e que trataram com amadorismo estes temas deram-se muito mal.

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