O calendário do Jardim da República, em frente ao edifício da autarquia, faz parte do imaginário coletivo de muitos lamecenses e estava esquecido há mais de duas décadas, agora volta a informar o dia, mês e ano em que nos encontramos.

“Está na memória de todos os lamecenses e na minha. Há mais de 50 anos que eu e os meus colegas e amigos cruzávamos este passeio a caminho do Liceu Nacional Latino Coelho, outra memória. Passávamos aqui pelo Jardim da República e todos os dias tínhamos a perceção exata do dia do mês em que estávamos”, conta-nos Ângelo Moura, autarca lamecense.
A recuperação do calendário está integrada numa recuperação mais ampla de todo o jardim que também já viu reabilitadas as armas da cidade.
De acordo com o autarca as obras de melhoramento vão ainda abranger o mobiliário urbano do jardim, bem como os azulejos “da autoria do Mestre Colaço que estão a precisar de uma intervenção minuciosa e cuidada, algo que será feito a médio prazo. Sseria demagogia afirmar que estará pronto este ano. São obras de grande valia para a cidade”.
Ladeado por uma moldura notável de edifícios históricos - os Paços do Concelho, a Igreja das Chagas, o Solar dos Pinheiros de Aragão e a Fonte "O Lamego", o Jardim da República, antigo Campo do Tablado é, historicamente, um dos parques mais procurados pelos lamecenses para passear e descansar.
O parque tem forma retangular e por causa do desnível entre as ruas que o delimitam, há uma escada de acesso, revestida com típicos azulejos azuis e brancos. Conta com trilhas para caminhadas, passeios por um jardim e bancos para descanso, jardins com canteiros de flores, um coreto e uma fonte ornamental na área central.

O Jardim da República possui 15 painéis de azulejo da sua autoria sobre temáticas tão diversas como as Côrtes de Lamego ou o Transporte de Vinho e os Barcos Rabelos.
À nossa reportagem o autarca lamenta não poder “neste momento fazer o apelo para que as pessoas visitem este espaço em comunhão, estamos convictos que todo este trabalho, que está e vai ser feito em breve, poderá ser apreciado por todos os lamecenses”.