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Interprofissional fixa benefício nas 75 mil pipas

O corte de 15 mil pipas relativamente à vindima de 2024 foi conseguido após uma negociação que os presentes classificaram como “difícil” e que incluiu contrapartidas do setor do comércio.

Num momento difícil para a região o Conselho Interprofissional pretendeu dar um sinal de união, votando unanimemente o quantitativo de mosto a produzir na vindima deste ano.

“A aprovação do Comunicado de Vindima para 2025 é o resultado de um esforço significativo de diálogo e responsabilidade entre todos os intervenientes do setor. Num momento particularmente exigente para a fileira da vinha e do vinho, o Conselho Interprofissional conseguiu encontrar um equilíbrio que, não ignorando os sinais do mercado, protege a sustentabilidade económica e social da Região Demarcada do Douro.

O IVDP está profundamente empenhado em responder aos desafios estruturais que hoje se colocam. A apresentação do plano de ação, que contou com o envolvimento direto do Senhor Ministro da Agricultura, é um passo decisivo para reforçar a resiliência da Região e valorizar o vinho do Porto. Este trabalho continuará a ser feito com os agentes do setor, com diálogo, ambição e sentido estratégico", afirmou Gilberto Igrejas, Presidente do IVDP à saída da reunião.

Gilberto Igrejas lembrou ainda as últimas previsões que apontam para uma quebra de produção na campanha deste ano.

“Este ano poderá ainda haver uma quebra na colheita na região a rondar aos 20%. Estamos a falar de uma vindima que vai ser mais escassa. E, portanto, todo o cenário foi construído em torno desta vindima”.

António Filipe, Vice-Presidente do Comércio lembrou a dificuldade da negociação e o entendimento que a região conseguiu com o Ministério da Agriculta para os apoios aos viticultores durienses.

“Todos temos de ceder um pouco, considerando as dificuldades que a região passa. Teremos de tentar aliviar as dificuldades para o futuro e encontrar soluções. Foi isso que hoje tentamos fazer.

Há 15 dias, conseguimos consensualizar no sentido de os vitivinicultores serem apoiados para as uvas excedentes que não encontram interesse por parte de quem vinifica e estamos de acordo com essa medida. Falámos em conjunto com o ministro da Agricultura e estamos disponíveis para continuar a trabalhar em conjunto para medidas no curto prazo, mas, sobretudo, no médio e longo prazo que permitam corrigir o desequilibro entre a oferta e a procura na Região Demarcada do Douro”.

Nas declarações no final da reunião, Celeste Marques, representante da produção, sublinhou que a preocupação nesta negociação foram os viticultores que a profissão representa, destacando as contrapartidas deixadas pelo Comércio.

“Foi o valor possível. Muita negociação, muito debate, muitos pedidos de solidariedade, muita indicação que não é só sustentabilidade, mas que está em causa também a sobrevivência de alguns viticultores. Todo o trabalho que foi feito foi a pensar nos produtores e na sobrevivência deles.

Também ficou o compromisso de adquirir as pipas que estavam ainda em stock do ano passado, ou seja, as 8.500 pipas que ainda estão na produção do ano passado. E ainda o compromisso de um grupo de trabalho para estudar a aguardente regional para ser incorporada no vinho do Porto”.

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