Cultura Tabuaço

Grupo de Teatro de Tabuaço inspira filme vencedor de prémio internacional

[caption id="attachment_2858" align="alignleft" width="300"]Bruno Silva, Nucha Martins e Betto Coville no Festival de Cinema em Los Angeles/ Foto: Direitos Reservados Bruno Silva, Nucha Martins e Beto Coville no Festival de Cinema em Los Angeles/ Foto: Direitos Reservados[/caption] De Tabuaço para o Mundo. Esta é a história do Teatraço, um grupo de Teatro Amador de Tabuaço que inspirou o filme “Tábuas com História”, vencedor do prémio de “Melhor Filme Internacional” no Los Angeles Brazilian Film Festival, no passado mês de setembro. A obra cinematográfica foi realizada no ano passado com o apoio e financiamento da Câmara Municipal de Tabuaço. “Tábuas com História” é inspirado em factos reais e retrata a história do Teatraço, o grupo de teatro de Tabuaço que inspirou o ator Beto Coville para a sua tese de mestrado, de onde surgiu a ideia de fazer o filme. Produzida e financiada pela Câmara Municipal de Tabuaço, a obra que começou por ser um documentário, acabou por ser transformada numa longa-metragem de ficção, pelo olhar do seu realizador, Marcantonio del Carlo. Dez anos separam a realização do filme “Tábuas com História” do início do Teatraço. A ideia partiu de Nucha Martins, presidente do grupo, que desafiou o ator e encenador Beto Coville, atualmente diretor e encenador do Teatraço, a formarem um grupo de teatro. De uma ideia o Teatraço passou rapidamente para uma realidade e no mesmo dia em que Nucha Martins fez a proposta a Beto Coville conseguiu arranjar imediatamente sete pessoas interessadas em participar no projeto. E assim surgiu o grupo de teatro de Tabuaço, atualmente constituído por 15 pessoas de faixas etárias diversas, com vidas diferentes mas um gosto em comum, o teatro. Tem sido um percurso feliz e engraçado, com os seus altos e baixos porque não é fácil hoje em dia manter e gerir uma associação, mas tem recebido a credibilidade das pessoas, principalmente da população de Tabuaço”, afirmou ao VivaDouro Nucha Martins. “Para mim a população é a parte mais importante de todas”, confessou a presidente do grupo de teatro. “Tenho muito orgulho em dizer que o grupo de teatro de Tabuaço pertence unicamente à população porque é ela que nos mantém, apoia e tem orgulho de nós”, acrescentou Nucha Martins. O filme narra a luta de um grupo de teatro de Tabuaço, também formado em 2007, orientado pelo Dr. Matias, um ator/dentista brasileiro, contra um político que quer derrubar o antigo teatro da vila. Com a chegada da forasteira Maria Duarte, o grupo ganha um novo fôlego para, com o apoio da população, tentar travar a destruição do edifício. Também o Teatraço passou por “momentos complicados com o anterior executivo”. O grupo de teatro “teve uma época, durante quatro anos, bastante complicada mas que acabamos por ultrapassar”, revela Nucha Martins. “Não podemos dizer que a história é baseada em factos verídicos, mas também não podemos dizer que não, porque de facto a situação do filme não é a mesma do Teatraço mas tem o seu fundo de verdade”, explica Nucha Martins. “Para mim, na personagem que eu fiz o que mudou foi o nome, eu deixei de me chamar Nucha para me chamar Joana. No entanto a Joana era a presidente do grupo de teatro, como eu sou, era efetivamente a mão direita do encenador que deixou de se chamar Beto Coviille para se chamar Matias, até ai a realidade se cruzou”, afirma a atriz. O “Tábuas com História” foi o primeiro filme em que a equipa do Teatro participou, no entanto não será o último, visto que já se encontram outros projetos em cima da mesa. Para Nucha Martins a “experiência foi gratificante”, sendo que a título pessoal lhe deixou a certeza que Teatro é o que gosta “realmente” de fazer. Quando parte da equipa voou até Los Angeles para participar no festival não estavam à espera de “trazer o prémio para casa”. No momento em que souberam da notícia, “ a primeira reação foi tirar uma fotografia ao prémio e mandar uma mensagem ao presidente da Câmara a dar a notícia”, revelou Nucha Martins. “Foi fantástico é uma coisa que não vamos esquecer tão depressa”, acrescentou. Nucha Martins dedica o prémio ao público da vila duriense, “para mim aquele prémio não é do Teatraço, é sim da população de Tabuaço. Isto é a prova de que podem confiar em nós porque aquilo que fazemos é para vocês”, afirmou a presidente do grupo. Na opinião de Nucha Martins, mais importante do que ganhar o prémio foi “levar o nome da nossa terra até outro continente”. As paisagens do Douro presentes no filme encantaram quem viu a obra cinematográfica, situação que Nucha Martins acredita que possa trazer “mais visitantes à região”. Neste momento o grupo encontra-se a candidatar o filme a outros festivais, sendo que para Nucha Martins “o importante é candidatar e o filme e Tabuaço ser falado nesses locais”.      

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