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Gosta de plantas, mas não tem tempo para tratar delas? A ArtinVitro resolve-lhe o problema

[caption id="attachment_1758" align="alignleft" width="300"]DSC_5151 Miguel Águas e Bruno Loureiro, impulsionadores do projeto/ Foto: Salomé Ferreira[/caption] O projeto foi criado por Bruno Loureiro e Miguel Águas, dois jovens empreendedores de Vila Real que criaram um sistema de criação de plantas em frascos, em que estas só precisam de luz para sobreviver. A “Start-up” está instalada na incubadora da UTAD e lançou uma campanha de “crowdfunding” para financiar o projeto. Bruno Loureiro, ex-aluno de genética e biotecnologia na UTAD e Miguel Águas, aluno de mestrado em ciências da comunicação na área das relações públicas e publicidade, uniram a biotecnologia à arte e lançaram a ArtinVitro, projeto que cria plantas ornamentais em frascos, onde a única necessidade é a luz. A ideia começou a ser desenvolvida por Bruno Loureiro, após o final de um estágio no departamento de Genética e Biotecnologia da Universidade de Vila Real e apesar de serem de áreas distintas os dois jovens decidiram iniciar o conceito em conjunto, “nós achamos que são áreas diferentes mas que se complementam”, afirmou o ex-aluno de biotecnologia. [caption id="attachment_1761" align="alignleft" width="300"]DSC_5171 Projeto cria plantas ornamentais em frascos, onde a única necessidade é a luz/ Foto: Salomé Ferreira[/caption] Antes de mostrar a ideia a Miguel Águas, Bruno Loureiro apresentou os produtos a Fernanda Leal, professora de cultura in vitro de Células Vegetais na UTAD, que lhe mostrou apoio imediato e o motivou para avançar com o projeto. “Depois falei da ideia com o Miguel e a partir daí transformámos o que eu já tinha naquilo que temos agora”, explicou Bruno Loureiro. “Achei uma ideia muito original e com potencial”, revelou Miguel Águas ao explicar o que o motivou a entrar no projeto. O projeto resulta da união entre a biotecnologia e a arte, a biotecnologia através da micro propagação de plantas e a componente artística criando produtos adaptáveis a vários contextos. “Torna-se numa maneira simples de as pessoas conseguirem ter plantas em casa e não é preciso muito tempo”, afirma Bruno Loureiro. [caption id="attachment_1762" align="alignleft" width="300"]A “Start-up” está instalada na incubadora da UTAD / Foto: Salomé Ferreira A “Start-up” está instalada na incubadora da UTAD / Foto: Salomé Ferreira[/caption] “O ponto essencial é a luz”, explica o ex-estudante da UTAD, uma vez que a planta é enterrada num gel que possui todos os nutrientes para a planta sobreviver durante um determinado tempo, que pode ir de três, seis ou 12 meses, conforme o tamanho do frasco. Durante esse período as pessoas têm apenas que ter a planta num local luminoso, no entanto, “não convém que a luz do sol incida diretamente no frasco”, explica Bruno Loureiro. Os choques térmicos são outra situação a evitar, temperaturas inferiores a dez graus e superiores a 30. A temperatura ótima para o crescimento saudável da planta situa-se entre os 20 e os 24 graus, “a temperatura que normalmente está dentro das habitações”, acrescenta. Neste momento os dois empreendedores estão a utilizar apenas a calandiva, também conhecida como flor da fortuna, apesar de já se encontrarem a otimizar mais plantas.  Campanha de Crowdfunding pretende angariar 2.500 euros [caption id="attachment_1763" align="alignleft" width="300"]Jovens lançaram uma campanha de crowdfunding para financiar o projeto/Foto: Salomé Ferreira Jovens lançaram uma campanha de "crowdfunding" para financiar o projeto/Foto: Salomé Ferreira[/caption] Com vista à angariação de fundos para o projeto os jovens arrancaram, no dia 2 de fevereiro, com uma campanha de “crowdfunding” que tenciona chegar aos 2.500 euros. O dinheiro angariado será destinado para a compra de ar condicionado, iluminação LED, estantes metálicas e consumíveis para o aumento de produção, de forma a tornar o projeto “mais profissional”. Miguel Águas revela que para além da "vertente do financiamento, o “crowdfunding” será útil também para a realização de “um teste de mercado para sabermos qual é a aceitação do público a esta nova ideia”. Quem tiver interesse em ajudar o projeto pode fazê-lo a partir da doação de um determinado valor na campanha de “crowdfunding”. As doações podem ir desde o valor de um euro até aos 50 (ou mais), sendo que a partir dos cinco euros quem ajudar tem direito a uma recompensa, que varia conforme o valor doado. Com o apoio conseguido, Bruno Loureiro e Miguel Águas esperam até ao final de março estar “prontos para produzir os produtos em quantidades que deem resposta à procura”. [caption id="attachment_1765" align="alignleft" width="200"]Nomes de algumas das pessoas que já financiaram o projeto/Foto: Salomé Ferreira Nomes de algumas das pessoas que já financiaram o projeto/Foto: Salomé Ferreira[/caption] Até ao momento, os empreendedores conseguiram angariar mais de 300 euros, o que corresponde sensivelmente a 12% do objetivo. Na opinião dos criadores da ArtinVitro, a aceitação das pessoas está a ser positiva, “esperamos que o reconhecimento seja agora exponencial”, afirma Miguel Águas. “Quem apoia normalmente identifica-se e nós estamos a tentar que as pessoas se identifiquem”, acrescentou Bruno Loureiro. Desta forma, os jovens apelam ao “voto de confiança” de quem acredita no projeto, para que consigam atingir o objetivo a que se propuseram inicialmente. O prazo limite da campanha é no dia 31 de março, sendo que a campanha só será financiada se alcançar os 2.500 euros.  

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