Editorial

fevereiro 2024

Estimados Leitores,

Vou manter-me no tema das eleições em 10 de março de 2024. Penso que o debate público que tem existido e as campanhas que os partidos e coligações têm vindo a promover, com forte apoio da comunicação social, especialmente das televisões tem sido capaz de demonstrar as diferenças entre as propostas e as posturas das pessoas, permitindo que o eleitor venha a votar com melhor conhecimento de causa.

É, por isso, surpreendente que a maioria das sondagens continue a demonstrar haver mais de 20% dos eleitores que costumam votar que ainda estão indecisos.

Será surpreendente, mas não será estranho para quem analisa os fenómenos das flutuações políticas há muito anos. Como será surpreendente, mas não estranho, para os analistas políticos dignos dessa designação, que TODAS as sondagens sobre as eleições para o governo dos Açores tenham apontado para um vencedor que afinal perdeu e que tenham apontado para crescimentos exponencias em partidos que afinal só cresceram.

As sondagens são sondagens. As pessoas nas sondagens respondem o que lhe apetece e sem a responsabilidade de depois terem de viver com o voto efetivo que colocaram na urna. Tirando os grupos mais fundamentalistas de cada partido ou coligação; que vão responder com verdade às perguntas dos inquiridores, uma grande parte das respostas nas sondagens são de impulso em função do interesse positivo ou negativo que querem colocar no resultado das sondagens.

Há quem diga que um mau resultado numa sondagem para um partido ou coligação funciona positivamente para motivar as pessoas que acham que a sua sensibilidade precisa de melhor representação do que aquela que é dada pela sondagem e também há quem diga que as pessoas que vêm o seu partido ou coligação bem colocado numa sondagem ficam menos motivadas para ir votar, por tal não ser necessário pois já estão com um bom resultado.

Uma coisa é certa. Nos últimos anos nenhuma sondagem que não tenha sido simulação de voto em urna no dia das eleições acertou nos resultados. Ou seja, as sondagens não servem para nada a não ser para confundir os eleitores e os políticos isto porque a distribuição dos indecisos em função dos resultados da própria sondagem, apesar de estatisticamente correta, introduz um elemento forte de inconsistência pois é totalmente diferente um indeciso entre o BE e a CDU ou um indeciso entre o PS e a AD.

É que o segundo decide as eleições sobre o governo de Portugal; o primeiro decide apenas entre duas opções políticas com bases semelhantes. Mas os dois vão ser, numa sondagem, distribuídos proporcionalmente pelos resultados anteriores.

É por tudo isto que a única utilidade real das sondagens é perceber as tendências ao longo do tempo.

Porque quando se comparam duas sondagens semelhantes, uma desenvolvida na primeira semana da pré-campanha com outra na terceira semana aqui sim, os políticos competentes conseguem perceber as tendências e antecipar quais as ações que faz sentido desenvolverem para enfatizar este ou aquele aspeto do seu programa ou das suas propostas.

Ao eleitor, resta continuar a analisar os programas dos partidos e o perfil dos lideres para conseguirem fazer boas escolhas.

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