Opinião

Economia do Douro recupera em 2021 após impacto da Covid-19

O ano de 2021 devolveu sinais claros de recuperação ao Douro com uma evolução bastante positiva nos principais indicadores económicos. De acordo com os últimos dados do IEFP, o desemprego registado no Douro foi de 9.793 indivíduos em novembro de 2021, menos 7,1% face a janeiro de 2021.

De igual modo, o comércio internacional e os indicadores do turismo estão em forte retoma, após o fim dos vários estados de emergência de 2020. As exportações de bens em novembro de 2021 aumentaram 74,6% face a janeiro de 2021 e as dormidas nos estabelecimentos de alojamento turístico cresceram de 5.160 para 31.704 durante igual período, um aumento exponencial superior a 500% face ao início do ano.

Esta recuperação da economia do Douro surge após um ano de 2020 marcado pelo impacto negativo da Covid-19 na atividade económica da sub-região. O Produto Interno Bruto (PIB) do Douro diminuiu, em termos reais, 8,1% em 2020, a maior queda entre todas as sub-regiões do Norte. Ao mesmo tempo, pese embora as medidas de apoio, como o lay-off simplificado e as moratórias de crédito, o emprego no Douro baixou 1,7% em 2020, uma redução percentual superior à observada no Norte. Em valor absoluto, o Douro tinha perdido 1.500 postos de trabalho em 2020.

O comércio internacional e a atividade turística do Douro em 2020 também foram afetados pela evolução da Covid-19 e pelas medidas de restritividade social implementadas pelas autoridades nacionais para controlar a doença. No entanto, o impacto foi inferior ao registado no Norte, o que revela maior resiliência nestas dimensões económicas em contexto de crise. Prova disso, as exportações de bens do Douro diminuíram 6,0% em 2020, que compara com uma redução mais acentuada de 10,2% no Norte. Nos indicadores de turismo, as dormidas nos estabelecimentos de alojamento turístico do Douro baixaram 44,4% em 2020, enquanto no Norte a redução foi de 59,6%.

A história mais recente combinou, assim, a queda dos indicadores económicos em 2020 com a recuperação em 2021, de modo que a evolução em 2022 será marcada por incerteza relativamente ao impacto da nova vaga da crise sanitária na economia do Douro. No entanto, as novas medidas restritivas ao contacto social não são tão drásticas como as impostas em 2020, de forma que o acesso das famílias ao comércio, à restauração e à hotelaria será mais facilitado. Neste quadro, não se prevê uma recessão económica em 2022 com a amplitude da registada em 2020, mas ainda é cedo para antecipar qualquer valor de crescimento económico para esse ano.

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