Opinião

Douro Vivo

Apresento os meus cumprimentos aos leitores do “VIVA DOURO”, e saúdo quem teve a ideia deste projeto editorial que pretende chegar gratuitamente a todos os pontos deste nosso Trás-os-Montes. Escrevo de Freixo de Espada à Cinta, o concelho do Distrito de Bragança que tem muitas particularidades, a saber: o mais distante da capital de Distrito, o que tem porventura o nome mais sugestivo, o único de toda a Península Ibérica que preserva ainda a cultura da Seda como atividade viva e artesanal. O Manuelino, estilo vigoroso, justifica a merecida visita ao nosso Centro Histórico, onde pontifica a Igreja Matriz que é uma réplica do Mosteiro dos Jerónimos e que concorre em imponência com a Torre Heptagonal (Séc. XIII), única do género em todo o território nacional. A natureza, dotou este território com Miradouros que escorregam até ao Douro e onde ainda se podem observar as raridades da águia de Bonelli e o abutre do Egito. É assim Freixo de Espada à Cinta. Foi aqui que nasceu e partiu para o Mundo Guerra Junqueiro, o Poeta aclamado pela República e eternizado pelas suas obras literárias. Séculos antes, já o tinha feito Jorge Álvares, o primeiro navegador a chegar à China e primeiro cronista do Japão. Por ser uma terra do interior é causa de espanto porque aqui nasceram Homens que se entregaram ao mar e outros que se embrenharam nos caminhos da Fé: Malaca, Diu, Macau, Timor. Todo o Oriente teve em tempos, a marca dos Missionários de Freixo de Espada à Cinta. Desta aparente contradição, beneficiou a Cultura e a História de Portugal. Aqui há malhas que também brilham na Seda. É aqui que encontramos o último reduto dessa arte. Freixo ainda guarda o engenho e o saber, porque aqui ainda se vai criando o bicho, extraindo, fiando e tecendo a seda. O Penedo Durão, que é o decano dos Miradouros, fica localizado a 5 minutos da sede de concelho sendo merecedor de uma visita. Pelo mesmo Douro, aqui chamado de Internacional, faz-se um passeio de barco com partida do cais fluvial da Congida e passagem pelo “Cavalo de Mazouco”, datado do Paleolítico, primeira figura rupestre ao ar livre a ser descoberta em Portugal. É este Freixo de Espada à Cinta que espera por si caro leitor. Maria do Céu Quintas - Presidente da Câmara de Freixo de Espada à Cinta

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