Estamos num desafio completamente novo. Numa realidade não prevista. Uma circunstância global. O Douro está em grande esforço para se segurar nas pernas. A estrutura empresarial produtiva mais relevante é vinha, vinho, a fruta, o azeite. A estrutura empresarial de serviços mais relevante é o turismo. Interno e externo.
Estas são as pernas do grande Douro. Não me lembro de outras com idêntica relevância.
Quanto à vinha, a produção não será aparentemente condicionada. Quanto ao vinho, a comercialização vai certamente sofrer uma quebra com muito significado. Mas gradualmente recuperará. A fruta, se a produção não parece vir a ter problemas, a apanha e a comercialização podem ser algo complexas. Mas acredito que não de forma muito grave. Quanto ao Turismo, depois deste impacto violento, será o Douro a região que mais rapidamente poderá retomar com êxito. As características de uma parte significativa do alojamento e dos produtos de visita, permitirão segurança sanitária garantida. Isso fará toda a diferença.
O Grande Douro é neste momento território livre de CoVid 19. A demografia, a geografia no seu todo, os fluxos, o comportamento das pessoas, das Instituições, das autoridades de segurança, das da saúde, e muito o papel das Autarquias, estamos a conseguir manter este território como um lugar saudável.
Ando há anos a falar na saúde e na humanização como as grandes bandeiras da diferenciação. Ora, estamos no ponto histórico em que isso é claríssimo.
Também há vários anos que os municípios elegeram a qualidade de vida como a grande opção estratégica.
Vivemos num território único para agarrar o novo futuro que vai nascer.
Afinando-se a rede de saúde e de apoio social, que é de simples concretização, o Grande Douro será centralidade da vida com elevado nível de segurança sanitária e do bem estar.
Concluo deixando aquela visão nem sempre muito compreendida. O Grande Douro é um território de três extraordinárias cidades. A cidade do Douro Sul, a cidade do Douro Norte e a cidade do Douro Superior. Cidades conceptuais e simbólicas. Cidades de Aldeias, vilas e cidades. Três, porque seria uma perda não aproveitarmos a homogeneidade que estas zonas geográficas já são. Permitindo uma escala útil e competitiva. E, em tantas coisas da vida, e são mesmo muitas, estas três cidades são todos os dias, o Grande Douro.
Unidos. Em partilha, sem perdermos autonomia nem identidade.
Com a força de cada um dos municípios, com a coesão trabalhada no âmbito da nossa CIM Douro- Comunidade Intermunicipal, numa liderança já ela partilhada, assertiva e inspiradora, saberemos, “apanhar o comboio”!