Mulheres e homens, ao longo de grande parte da história da humanidade desempenharam papéis muito diferentes na sociedade. Atualmente, tem-se verificado um estreitar desta situação, ainda assim, em particular nos lugares de chefia, continua a verificar-se um maior domínio por parte dos homens.
Apesar desta realidade, as mulheres apresentam uma grande sensibilidade, sentido crítico, capacidade de trabalho, que no mundo da ciência e investigação são cada vez mais evidentes. Também o reconhecimento pelos seus pares tem motivado a que as investigadoras prossigam nas suas áreas de conhecimento e saber, havendo um destaque para as investigadoras nas áreas das ciências naturais, médicas, sociais, agrárias e veterinárias e também nas humanidades e artes. É essa a realidade do CITAB, centro de investigação que dirijo na UTAD, onde as mulheres representam, hoje, 56% do universo dos investigadores e bolseiros.
A história está repleta de mulheres que deram um contributo enorme para a ciência e que nos inspiram todos os dias. Grandes nomes de reconhecido mérito na ciência, quer a nível nacional, quer a nível internacional são de mulheres, como Marie Curie, a primeira mulher a ganhar o Prémio Nobel, sendo também a primeira pessoa e a única mulher a ganhá-lo por duas vezes. Destaco também o nome de Elvira Fortunato, figura de referência para tantas investigadoras nacionais e internacionais, que, recentemente, ganhou o Prémio Horizon Impact Award 2020, atribuído pela Comissão Europeia.
As conquistas das mulheres na sociedade, na ciência e na investigação têm sido graduais, mas constantes, feitas de muito esforço, garra e resiliência. Nem sempre o caminho da Mulher, Mãe, Esposa, Professora e Investigadora é fácil, mas o sabor das conquistas fortalece-nos e encoraja-nos a continuar. Pela Ciência.