[caption id="attachment_1458" align="alignleft" width="300"] Foto: Arquivo VivaDouro[/caption]

A situação dos trabalhadores e a venda de património da Casa do Douro provocaram ontem uma acesa troca de palavras no parlamento entre o ministro da Agricultura e o deputado do PSD Luís Pedro Pimentel.

Depois de o deputado social-democrata ter levantado a suspeita de que a comissão administrativa nomeada pelo Governo está a vender património da Casa do Douro num processo pouco transparente, o ministro Capoulas Santos considerou que o levantamento de tais suspeitas é um "desplante" por parte do PSD que, quando esteve no poder em coligação com o CDS-PP, extinguiu a Casa do Douro.
"O Governo PSD/CDS deixou ao completo abandono o património da Casa do Douro. E deixou os trabalhadores quase dois anos sem receber salário", afirmou à Lusa Capoulas Santos, no final da audição na Comissão de Agricultura e Mar. "Se o PSD tem conhecimento de vendas menos transparentes, como afirmou aqui hoje, tem que fazer a devida denúncia às autoridades", realçou o governante, vincando que foi o atual executivo que tratou de "resolver o problema do subsídio de desemprego" dos trabalhadores da Casa do Douro. Depois de ter começado em dezembro último a pagar mil euros a cada um dos 60 trabalhadores com vencimentos em atraso, a comissão administrativa - nomeada pelo Governo socialista depois de o parlamento ter revogado a decisão do anterior executivo de extinguir a dimensão pública da Casa do Douro - está agora a preparar a venda de vinho do Porto para saldar a restante dívida em salários e indemnizações devidos aos trabalhadores. Em causa estão 81 mil litros de vinho, de um total de 14 milhões de litros pertencentes à Casa do Douro, cujo valor ultrapassa os 100 milhões de euros. Porém, a entidade também tem uma dívida igualmente na ordem dos 100 milhões de euros. A venda de 81 mil litros de vinho do Porto que está a ser preparada, depois das avaliações feitas, poderá render entre 1,7 milhões de euros e 2 milhões de euros, um valor que será suficiente para compensar as dívidas aos trabalhadores (que ronda os 1,5 milhões de euros), sem colocar em causa o escoamento da produção dos restantes atores do setor. O ministro garantiu que a prioridade é "resolver o problema dos trabalhadores", pelo que o executivo apoia a venda "transparente e de acordo com a lei" dos lotes de vinho definidos pela comissão administrativa da Casa do Douro, que é liderada por Agostinho Santa. Em meados de dezembro de 2016, a comissão administrativa da Casa do Douro revelou que começou a pagar mil euros a 60 trabalhadores com vencimentos atrasados e a preparar a venda de vinho para saldar uma dívida de 1,5 milhões de euros em salários. Agostinho Santa, responsável pela comissão administrativa, disse na altura à agência Lusa que está a ser feito o possível para o pagamento integral dos salários em atraso.

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