Estimados Leitores,
A “sily season” já não é o que era. O agosto, que em pré pandemia provocava um verdadeiro vazio nas cidades e animava as aldeias e as praias, modificou-se com a pandemia, pois as pessoas que foram obrigadas a ficar em casa por causa das regras de circulação e da ausência de oferta hoteleira perceberam que também há férias com qualidade ao aproveitar as mais valias que existem perto de casa. Por isso a utilização de praias fluviais, de piscinas (municipais, privadas e outras) e da praia de mar mais próxima aumentou substancialmente nos anos de pandemia e hoje essa alteração de comportamento das famílias acabou por se sedimentar e fortalecer. Isto está patente nas taxas de ocupação do Algarve por parte de Portugueses (em permanente diminuição) e no transito (em permanente aumento) a partir do final da manhã das cidades onde há equipamentos de lazer.
É por isso que o investimento que os municípios têm feito na melhoria das condições dos equipamentos de lazer (fluviais ou de outro tipo como os parques urbanos) têm sido tão bem vistos pelas populações e têm dado bons resultados para os autarcas que promoveram esse tipo de equipamentos, observando-se o interessante fenómeno de pessoas das terras próximas aproveitarem os equipamentos desenvolvidos ou construídos pelo município que os soube desenvolver.
Criar um equipamento de lazer de raiz é arriscado, pois obriga a que existam sinergias regionais que permitam uma ampla exploração e que leve a que as pessoas que os utilizam tenham acesso; não só a um equipamento (p.e. piscina fluvial) mas também a um amplo conjunto de infraestruturas e serviços (bares, casas de banho, areia, etc.) que, em conjunto, são o que torna a oferta turística competitiva.
Arriscar não é para todos, mas aqueles que o fazem e ganham são vencedores. Os que arriscam e perdem sabem que tentaram e dormem de consciência tranquila. Aqueles que nada fazem, empatam, dizem mal de tudo, e que sempre andam a falar dos outros que fazem não sei como dormem.
Ainda Bem.
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