Opinião

A importância do Dia Mundial do Animal de Laboratório

O dia 24 de abril é comemorado desde 1974 como “O Dia do Animal de Laboratório”. O termo animal de laboratório é generalista e redutor, considerando as diferentes espécies de animais utilizadas para fins científicos. Incluem-se neste grupo os peixes-zebra, murganhos, coelhos, cobaios, ratos, macacos, porcos, hamsters, cabras, e até, eventualmente, os cães.

O primeiro trabalho experimental descrito com animais criados para esse propósito remonta ao início do século XIX, quando foram utilizados vários grupos de ratos para estudar a fisiologia do jejum. Por essa razão, no início do século XX, nos EUA, um grupo de investigadores, compreendendo a importância do uso destes animais para a investigação, criou o Instituto WISTAR. Este laboratório estava vocacionado para a reprodução de ratos albinos, (pelo branco e olhos vermelhos) e para a sua comercialização com fins científicos. Mais tarde, e por todo o mundo, surgiram outros laboratórios com os mesmos propósitos, fundamentais para a qualidade genética destes animais, bem como para a qualidade dos resultados obtidos.

A seleção de uma espécie animal em detrimento da outra, para um trabalho de investigação, está dependente dos custos inerentes à sua utilização, das questões éticas e objetivos subjacentes a cada estudo. Conquanto, para utilizar animais de laboratório é necessário cumprir certos requisitos e requerer licenças junto do organismo para o bem-estar animal de cada instituição, bem como da Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV). A análise exaustiva dos prémios Nobel, atribuídos na área da Fisiologia e da Medicina revela que, desde o seu início, cerca de 75% dos galardoados realizou importantes estudos com recurso a animais de laboratório e que os resultados obtidos se traduziram em melhores condições de vida para o Homem e para o aumento da sua esperança média de vida.

Na UTAD, em particular no CITAB, através do recurso ao uso de animais de laboratório, tem sido valorizado, há mais de duas décadas, o uso de compostos naturais da região na prevenção e no tratamento de diferentes doenças. Dos muitos exemplos destacamos o consumo da castanha e do brócolo, no atraso de desenvolvimento de obesidade, e o estudo da interferência dos estilos de vida (atividade física versus sedentarismo) na evolução do cancro da mama, da próstata e da bexiga.

No futuro próximo, o uso do animal de laboratório não está excluído da investigação médica, mas será sempre alvo de melhorias no que diz respeito ao bem-estar dos animais.

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